quarta-feira, 16 de abril de 2008

Os Cantores...

A aventura no taxi andante...

Ser turista é fodido – Parte II





Encontro Nacional de Erasmus na Polónia, em Torun (uma cidade nortenha). O porquê de ser turista é fodido:
1º - Sair à noite; vir a casa tomar banho em poucos segundos e ir a pé para a estação de comboios. Apanhar o comboio às 4h23 da manhã; Ter que correr para não o perder, entrar no comboio e ele arrancar, foi muita sorte.
2º - 8 horas de viagem (471km de distância), dormir em posições menos próprias para a coluna, não é muito agradável.
3º - Chegadas ao destino, “Pedipaper” em busca do tesouro perdido, 20 questões sobre a cidade de Torun; No nosso grupo éramos 6 turcos e 3 tugas, nós cansadas com vontade de dormir e alguns turcos enérgicos com vontade de correr para serem os primeiros a achar o tesouro perdido, tesouro este que era um jantar para toda a gente. Lol Mas nós preferíamos termo-nos sentado num bar a apreciar os turistas… um alemão giro convidou…só que a democracia fez-nos acabar o jogo…
4º - Depois de saciadas voltamos ao hostel para dormir-mos umas horitas … Quando chegamos lá, descobrimos que não tínhamos chave do quarto, pois a ultima rapariga instalada no nosso quarto tinha saído. Tudo bem se tivesse deixado a única chave do quarto na recepção. Solução encontrada: dormir no quarto ao lado. Tudo tinha corrido bem, se as turcas não tivessem andado à nossa procura e não chegassem os ocupantes do quarto (os barulhentos espanhóis).
5º - O pior da viagem: fomos obrigadas a ir para uma discoteca muito fixe, e tivemos que conviver com todo o pessoal de Erasmus, foi uma chatice.J
6º - Acordar às 7h30 da manhã, e comer salsichas ao pequeno-almoço…Entramos no autocarro e passado algum pouco tempo (duas horas) chegamos ao destino – uma vila no meio de uma enorme quinta. Fomos o primeiro grupo a visitar a tal quinta, que agora é museu :D
7º - Barbecue para toda a gente.
8º - De volta para a cidade principal, Torun, fomos comer uma pizza (pizza que caiu mal por causa de um simpático belga que não falava nada, mas que mesmo assim queria que nós falássemos todos inglês…) e depois fomos a um barzito. A Inês estava chata nessa noite: não aturava o espanhol que gosta de dançar e a simpatia não era o forte dela…até que o Dj colocou uma música brasileira e lhe foi buscar uma bebida toda ornamentada… Tudo estava perfeito se uma espanhola não lhe perguntasse se ele era bonito e ela soubesse a resposta. A espanhola foi analisar, concluindo que não era. Resultado: devolveu-lhe o chapéu da bebida dizendo que não queria saber dele :D. A noite ainda estava a meio… A Catarina e a tal espanhola quiseram montar o burro…só que ele tinha uma crista… deixo ao vosso critério pensar o que aconteceu…
9º - No domingo, a suposta hora de alvorada era às 9h da manhã, no entanto nesse dia foram acordar-nos às 8h. Com festinhas não! Acordaram-nos com fortes pancadas na porta e com berros que anunciavam que tínhamos dez minutos para estar na sala de refeições. Viemos a descobrir que alguns espanhóis no dia anterior tinham roubado uns quadros e aberto um extintor. Tivemos que ouvir a bronca até os espanhóis se acusarem…
10º - Quando eles se acusaram, voltamos ao programa inicial. Aprendemos a fazer uns bolinhos especiais e a fazer flores de papel…Tudo corria bem até que a Catarina percebeu que tinha perdido a máquina fotográfica dela!
11º - Cansadas, ter que fazer tempo para apanhar o comboio de volta, e saber que serão mais 8h de viagem, foi o melhor da viagem. Aproveitámos para estar na praça central, a apreciar as crianças, conversar com um grupo de turcos (uns simpáticos), e beber uma bebida num barco-bar.
12º - No primeiro comboio, a Catarina passou por polaca. Mas desta vez levou com um grande elogio: uma polaca que fala tão bem Português! A verdade é que fomos a causa de uma bonita polaca e um gentil polaco se conhecerem.
Após uma longa viagem, às 5 da manhã já estávamos a dormir em casa…
Conclusão: Foi muito divertida, mas também muito cansativa…Já estamos velhas para estas andanças…
P.S. A Catarina tem muita sorte, um espanhol achou a máquina perdida. :D

terça-feira, 8 de abril de 2008

Erasmus


No dia 1 de Abril, houve uma pequena apresentação sobre os países e ensino nos mesmos para os alunos polacos. Aqueles que estão interessados em fazer Erasmus poderiam receber alguma informação sobre o país de destino.

Foi-nos pedido a nossa comparência. Nós como meninas simpáticas, fizemos uma apresentação de Portugal, Coimbra e comida portuguesa. E vestimos as roupas que nos representam e lá fomos nós!

As pessoas que estavam a organizar ficaram todas contentes. :D

A Catarina ficou mais triste, porque nem com uma placa à frente a dizer Portugalia e vestida com o traje consegue fazer com que deixem de pensar que ela é polaca.

domingo, 6 de abril de 2008

Noite

"Elas é que estão bem, podem sair todas as noites!"
Não é bem assim! Nós até podemos, mas para verem o que nos acontece vamos descrever a última saída.
Para começar, é preciso seleccionar roupa com inteligência, porque na rua está frio e nos bares está um calor... Claro que um bom caso e uma t-shirt resolvem o assunto.
Mas o giro da noite é estar a dançar numa pista! As polacas e os polacos acham que têm de ocupar mais de 1 m2, como tal, é preciso abrir os braços, saltar, apalpar, descoordenar todo o corpo, etc..
O relato da noite vai ser feito na primeira pessoa (Inês):
Entrámos na pista e tivemos de dançar (empurrão daqui, empurrão dali, e estávamos a dançar);
Levei logo uma canelada porque a menina ao lado estava a dançar a dança do futebol; seguiu-se uma pisadela por uma jovem que achou que tinha de deixar negro o meu dedo mindinho (e conseguiu). Comecei a encostar-me lá para um cantinho, um Sr. balofo, a dançar ao ritmo de um Ferrari, todo suado, fazia questão de me tocar (que nojo :S); Afasto-me um pouco mais para o lado levo com os cabelos de outra jovem (mas esta pediu desculpa, pois logo a seguir mandou-me com os braços).Desisti durante uns minutos.
Na segunda tentativa, acabei por conhecer portugueses que estão cá (um era arquitecto). Fui-me aguentado com alguma normalidade até que apanho com uma cotovelada no meu ombro. Só uma cotovelada, mas a verdade é que no dia seguinte doía-me o ombro. Fomos beber mais uma coca-cola e quando voltámos a pista estava mais calma, só que...situações piores acontecem... Um polaco pergunta-me qualquer coisa em polaco. Ao fim da terceira tentativa conseguiu falar inglês. Segue-se a conversa:

-Why are you dancing alone?
- I'm not dancing alone. I'm with my friends.
- Where are you from?
- Portugal.
- What do a beautiful girl in Poland?
- I'm studding. Erasmus Program.
-Are you expensive?
Pensei o que é que ele me estaria a perguntar e pedi três vezes para repetir, só que a pergunta mantinha-se... Será que ele quer perguntar quanto tempo cá vamos estar? Claro! Ele não me está a perguntar se eu sou cara!!! E respondi:
- Tree months.
-Ah! ok!

Voltei a afastar-me...e levei com outra cotovelada, desta vez na cabeça...
Aí....que paciência...
Optei por me encostar lá num canto a apreciar os casais polacos a dançar, longe do alcance deles. Casais...dois gajos à minha frente apalpam-se todos como eu nunca tinha visto uma rapariga e rapaz fazerem!
Numa de perplexidade, dois polacos ainda me pedem para eu me rir...
Por favor, vamos embora...
Que noite...noite normal de pista…!
Conclusão: podemos querer sair para arejar, rir, animar, esquecer coisas menos boas, mas temos de ter muita paciência se escolhemos uma pista na Polónia.
Já agora…quando acabar este curso, vou tirar arquitectura e venho para a Polónia três anos. Depois podem ir à Praia da Barra, avenida da ria, para verem o meu lindo e “expensive” pouso. :D